Recortes

Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar as opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender. Alexandre Herculano

domingo, 25 de outubro de 2009

Sonoridades

Livros, música, poesia... tudo se funde com o nosso ser, tudo se transforma em momentos passíveis de recortes. Momentos de alegria, de dor, de prazer, de meditação, de superação, de saudade, de nostalgia... Existe sempre um som, um poema, um livro, uma cor ou um objecto que nos remete para algo.
Há muito que não partilho nenhum desses gostos pessoais que me acompanham e hoje reabro esse ciclo.
Espero que se identifiquem e relacionem com este "projecto" (não, eu não ouço só música pesada, já tinha esclarecido).

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cartas de Amor

Ontem adormeci sorrindo.
Sorri ao relembrar aquele tempo em que entre nós havia a distância e as cartas de amor. Aquele tempo tão recente mas ao mesmo tempo tão distante.
Cartas de amor.... qual personagens de uma novela de Camilo; qual escritores lusitanos naquela época de amores de perdição.
Sorri ao relembrar o papel, a caligrafia, o conteúdo, os detalhes, a suavidade do perfume; a pensar em como as guardo religiosamente, enroladas numa fita vermelha, dentro de uma caixa dourada. Mais piroso é impossível, mas há que entender: foi assim que este grande amor começou.
Não me envergonho, nem me preocupo. Revejo-me em Álvaro de Campos:

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas,
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(...) 1935
Presumo que voltarei a adormecer a sorrir.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Momento dos Gatos II

Quando o meu Guerreiro está ausente, estes são os meus fiéis companheiros (assim uma espécie de mini-Guerreiros).Já aqui falei sobre eles mas não me canso de os elogiar.
Pouca justiça se faz a estes maravilhosos seres. São excelentes companhias, fieis, inteligentes e carinhosos, sem perder a independência e misticismo que os caracteriza.
O Kenzo e o Suki, esperam por nós à porta, seguem-nos pela casa, dormitam na divisão onde estivermos, procuram mimos, respeitam o lugar do Guerreiro (isto é, quando ele está percebem que a Marise não precisa de tantos mimos). Assistem às alegrias, às tristezas, às danças, aos rituais, às brincadeiras, ao romance (não fiquem com ideias, essas outras coisas são em privado), com aquele ar de entendimento de tudo o que os rodeia.
Não somos os donos deles, somos os seus companheiros nesta viagem. O Kenzo foi escolhido por mim, o Suki escolheu o Guerreiro (nada acontece por acaso).
À parte de algumas traquinices e de ter mais trabalho quando chego a casa, não me separaria deles por nada. Já vivemos muitos momentos juntos e ainda tempos alguns recortes a acrescentar. Tal como nós, eles estão cá por algum motivo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Once again


Aos poucos começo a entender a mensagem.

Começa a ser altura de seguir em frente nesta caminhada... erguer as asas e voar.

Obrigada!!
animegallery.com

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Life

A vida é assim mesmo. Intensa... Fugaz... Desafiadora...
De um momento para o outro os planos soam a algo ridículo, as crenças abalam e o mundo que nos rodeia torna-se um mistério.
Assim foram estes últimos dias. De um momento para o outro as minhas preocupações com os outros tiveram que ser centradas em mim própria. Num ápice, sem eu perceber como, nem porquê, a minha vida mudou... uma vez mais.
Não que eu seja daqueles seres que pensam que as coisas só acontecem aos outros, muito pelo contrário, até já tenho dito "e por que não a mim?" Mas quando vivenciamos essa realidade, não estamos preparados e damos por nós a questionar tudo de novo.
Pode ser que eu ainda esteja triste; pode ser que ainda não tenha encontrado o ensinamento da situação vivida (sofrida), mas de momento apetece-me questionar:
Deveremos fazer planos? Deveremos cair na tentação de desejar tanto alguma coisa?
As respostas não sei... Pode ser a reacção natural de quem ainda se recorda demasiado da última vez em que quis muito algo e tudo se desmoronou... tal como agora.




Então o que se segue?! Não sei.