Recortes

Eu não me envergonho de corrigir os meus erros e mudar as opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender. Alexandre Herculano

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Momento Feliz

Ontem vinha no percurso para casa a ouvir a Prova Oral na Antena 3 e devo dizer que o tema do dia me pôs a pensar um bocado. Falava-se de Felicidade! Até aqui nada de novo, mas algumas opiniões dadas foram uma delicia para os meus ouvidos (realmente, se nos permitirmos a tal, aprendemos sempre um pouco com os outros).
Através de uma questão colocada a uma ouvinte, O Alvim lançou o mote para um problema que, a meu ver, é bastante pertinente nos dias de hoje e sobre o qual deveriamos parar um pouco e reflectir.
Partilho a opinião da ouvinte. É um facto! Há mais gente a pensar que é muito infeliz do que realmente é, que aqueles que se julgam mais felizes do que realmente são. Confuso? Nem por isso. Há uma tendência generalizada para acharmos que somos muito infelizes e não vermos o lado positivo da vida. Assim, encontramos à nossa volta mais pessoas com esse sentimento de infelicidade do que o contrário.
Apesar deste juízo tão consciente, declaro-me culpada. Também me deixo levar demasiadas vezes nesta corrente. Mas penso que isto é realmente uma questão cultural e cabe a cada um de nós ser capaz de crescer nesse sentido. Para a nossa sanidade mental, por vezes mais vale alhearmo-nos um pouco daquilo que se passa no mundo e concentrarmo-nos em nós para variar. Se analisarmos bem, talvez sejamos um pouquinho mais felizes do que imaginamos. E, para os mais resistentes, como diz uma grande (sábia) amiga minha, pensar mais em nós não é sinónimo de egoísmo. É que tanta infelicidade faz-nos mal e acabamos por contaminar quem está à nossa volta.
Por tudo isto e para me redimir de pensamentos mais negativistas, apesar de parecer piroso cá vai: "Dora, Carina, Bia, Guigo, Mãe, Pai, Nelsum, amiguitos (vós sabeis quem sois, meus caros), vocês fazem-me muito feliz!!"













3 comentários:

Marisa Borges disse...

Olá minha Profunda Marise,

a sintonia continua!!! É tão verdade aquilo que dizes, quantas vezes fugimos de sentimentos de dor apenas para querer mostrar que somos felizes ou vice-versa. Eu aprendi a questionar o que é para mim ser feliz, deixando de lado o que os outros acham que é ser feliz. A minha decisão de não casar, não ter filhos, não seguir o percurso dos outros, foi uma dessas decisões que me mostraram que para EU ser feliz não preciso dessas etapas. A minha felicidade hoje em dia parte da simples alegria de viver, de poder estar com os outros a 100%. Tenho dias maus e dias bons e cada um deles tem valor pois ambos me ensinam um pouco mais sobre mim.

É tão gratificante conhecermo-nos e sabermos o que queremos que, enfim, já por si só nos dá alegria e trabalho :)

Para terminar, gostava ainda de dizer que muitos dos nossos problemas advém de querermos aquilo que não temos, procurarmos o que desejamos sem dar valor ao que já temos. Eu concordo com o desejo, ele comanda a vida, mas ele tem de partir das bases sólidas daquilo que temos. Enfim é a modesta opinião de alguém que se busca sempre e se sente sempre surpreendida, muitas vezes desapontada, mas sempre com vontade de continuar.

Um abraço daqueles para ti meu Anjo!!!

Anónimo disse...

A felicidade reside dentro de cada um de nós e na forma como levamos a vida. Depende de cada um procurar o que o faz feliz. Conheço pessoas que aparentemente não têm motivo para tanto azedume e péssimismo e no entanto não conseguem ver o brilho do sol em lado algum. Saindo para fora de nós acredito muito que é também uma questão cultural pois não é raro comentarmos entre amigos e colegas que há povos pobres, despojados de tanto (de tanto daquilo que outros consideram garantido e tomam como certo) e mesmo assim têm uma alegria contagiante. Cabe a cada um de nós fazer por isso; contratempos também existem e podem fazer com que baixemos os braços, mas se optarmos por não o fazer, conseguiremos muito mais.

Anónimo disse...

É só para corrigir um erro de acentuação no meu comentário. Pessimismo não tem acento, a sílaba tónica está em "mi". Ía tendo uma coisinha menos boa quando reparei. Bjs